Já estou na Colômbia há aproximadamente uma semana. Demorei pra escrever sobre isso porque estou tentando aproveitar ao máximo o tempo com a viagem e sobra pouco pra atualizar o blog - isso sem contar que já tinha o último post engatilhado e queria muito terminá-lo antes de qualquer coisa.
Pois bem! Já explicado, comecamos do início. Saí de Caracas sábado passado, dia 7. Uma saída um pouco dramática até, com direito a Baba Nam Kevalam, um abraco de cada um, lágrimas compartilhadas e uma correria louca pra chegar até a rodoviária a tempo. No final deu certo, e no outro dia acordei já em Mérida, uma cidade na ponta norte da cordilheira oriental dos Andes e jóia rara no turismo venezuelano - muito concentrado na costa paradisíaca e com poucas outras opcoes ao sul do Caribe.
Bom, a cidade era até bonitinha e o relevo montanhoso chamava a atencao, mas impedido de fazer uma caminhada na regiao (o parque nacional que controla a serra estava fechado por alguma razao obscura) e ansiosíssimo pra chegar na Colômbia, chutei o balde e na mesma tarde já peguei um ônibus pra San Antônio del Táchira, na fronteira.
Na outra manha, passaporte carimbado, cruzei e cheguei em Cúcuta. Cidade grande e movimentada, com uma igreja bonita e só. Meu primeiro ponto de interesse estava há umas três horas dali, na estrada rumo a Bogotá: Pamploma, um das primeiras cidades espanholas construídas na regiao. Aliás, toda a parte colombiana da Cordilheira Oriental andina é salpicada de cidades como Pamplona. Além dos portos do Caribe, foi nessa regiao que se concentrou o povoamento espanhol no comeco da colônia, tanto pelo ouro encontrado pelos conquistadores através dos indígenas quanto pela importância agrícola das férteis terras da cordilheira.
Fiquei uns bons três dias pulando de cidade em cidade como estas, entre Cúcuta e Bogotá, e quanto mais eu percorria mais impressionava com a riqueza histórica dessa regiao colombiana, coisa que nao tinha nunca visto nem imaginado antes. Pamplona é linda, totalmente branca, com uma bela catedral e um antigo mercado conservadíssimo e bem legal. San Gil, capital do estado de Santander, cativou pela surpresa: vários quarteiroes históricos muito bem conservados no centro que o guia quase nao aborda. Sua cidade irma, Barichara, é mais sensacional ainda. Pequeninha, me lembrava muito as cidades históricas mineiras, mas com as casas todas brancas, pátios abertos e largos e uma enormemente exagerada catedral de tijolos marrons.
As outras duas talvez tenham sido as cidades mais bonitas: Tunja e Villa de Leyva, estas a apenas três horas de Bogotá. Tunja é uma cidade grande, um pouco sinistra à noite, mas a praca principal da cidade é de cair o queixo - enorme, movimentada, com vários casaroes antigos e, como toda cidade colonial espanhola que se preze, totalmente pintados de branco. Villa de Leyva é sua cidade satélite mais famosa. Praticamente todo o centro é pura arquitetura colonial muito bem conservada, e o que mais impressiona sao os balcoes e arcos dos edificios ao redor da gigantesca praca central.
Mas além das casinhas, igrejinhas e ruelinhas históricas que eu gosto tanto, o que eu achei mais legal desses primeiros dias de Colômbia foi praticar o nobre esporte do people-watching, ou observacao das pessoas. O tipo colombiano é muito característico, tanto que é até difícil de explicar. Numa tentativa: calca marrom, camisa balao, chale de lã fechado ao redor do tronco, chapéu coco ou panamá e um olhar tao profundo que parece atingir até a alma. A impressao que dá é de estar dentro dum livro do Gabriel Garcia Marquez, e nao foram poucas as vezes que eu podia jurar ter visto na minha frente um exemplar perfeito de Florentino Ariza ou Aureliano Buendía.
Mal sabia eu o que me esperava pela frente.
Pois bem! Já explicado, comecamos do início. Saí de Caracas sábado passado, dia 7. Uma saída um pouco dramática até, com direito a Baba Nam Kevalam, um abraco de cada um, lágrimas compartilhadas e uma correria louca pra chegar até a rodoviária a tempo. No final deu certo, e no outro dia acordei já em Mérida, uma cidade na ponta norte da cordilheira oriental dos Andes e jóia rara no turismo venezuelano - muito concentrado na costa paradisíaca e com poucas outras opcoes ao sul do Caribe.
Bom, a cidade era até bonitinha e o relevo montanhoso chamava a atencao, mas impedido de fazer uma caminhada na regiao (o parque nacional que controla a serra estava fechado por alguma razao obscura) e ansiosíssimo pra chegar na Colômbia, chutei o balde e na mesma tarde já peguei um ônibus pra San Antônio del Táchira, na fronteira.
Na outra manha, passaporte carimbado, cruzei e cheguei em Cúcuta. Cidade grande e movimentada, com uma igreja bonita e só. Meu primeiro ponto de interesse estava há umas três horas dali, na estrada rumo a Bogotá: Pamploma, um das primeiras cidades espanholas construídas na regiao. Aliás, toda a parte colombiana da Cordilheira Oriental andina é salpicada de cidades como Pamplona. Além dos portos do Caribe, foi nessa regiao que se concentrou o povoamento espanhol no comeco da colônia, tanto pelo ouro encontrado pelos conquistadores através dos indígenas quanto pela importância agrícola das férteis terras da cordilheira.
Fiquei uns bons três dias pulando de cidade em cidade como estas, entre Cúcuta e Bogotá, e quanto mais eu percorria mais impressionava com a riqueza histórica dessa regiao colombiana, coisa que nao tinha nunca visto nem imaginado antes. Pamplona é linda, totalmente branca, com uma bela catedral e um antigo mercado conservadíssimo e bem legal. San Gil, capital do estado de Santander, cativou pela surpresa: vários quarteiroes históricos muito bem conservados no centro que o guia quase nao aborda. Sua cidade irma, Barichara, é mais sensacional ainda. Pequeninha, me lembrava muito as cidades históricas mineiras, mas com as casas todas brancas, pátios abertos e largos e uma enormemente exagerada catedral de tijolos marrons.
As outras duas talvez tenham sido as cidades mais bonitas: Tunja e Villa de Leyva, estas a apenas três horas de Bogotá. Tunja é uma cidade grande, um pouco sinistra à noite, mas a praca principal da cidade é de cair o queixo - enorme, movimentada, com vários casaroes antigos e, como toda cidade colonial espanhola que se preze, totalmente pintados de branco. Villa de Leyva é sua cidade satélite mais famosa. Praticamente todo o centro é pura arquitetura colonial muito bem conservada, e o que mais impressiona sao os balcoes e arcos dos edificios ao redor da gigantesca praca central.
Mas além das casinhas, igrejinhas e ruelinhas históricas que eu gosto tanto, o que eu achei mais legal desses primeiros dias de Colômbia foi praticar o nobre esporte do people-watching, ou observacao das pessoas. O tipo colombiano é muito característico, tanto que é até difícil de explicar. Numa tentativa: calca marrom, camisa balao, chale de lã fechado ao redor do tronco, chapéu coco ou panamá e um olhar tao profundo que parece atingir até a alma. A impressao que dá é de estar dentro dum livro do Gabriel Garcia Marquez, e nao foram poucas as vezes que eu podia jurar ter visto na minha frente um exemplar perfeito de Florentino Ariza ou Aureliano Buendía.
Mal sabia eu o que me esperava pela frente.
Villa de Leyva: casas brancas e rua de pedrinha.
4 comentários:
...vontade imensa de conhecer a Colômbia!
bom saber que estás vivo, gajo
"Mal sabia eu o que me esperava pela frente"?
tu está apelando agora pra essas táticas baixas de livro de suspense pra manter a atenção dos teus leitores? hueheuehuhehee
mas diz ae, seu puto, no teu próximo post, o q tu achou da vitória do Sim. Admite q tu deu uns pulinhos de alegria, vai!
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